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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Daniel Hernandes salva o Brasil no Grand Slam de Judô

Daniel Hernandes - Judô
O Brasil tem três campeões mundiais (João Derly, Tiago Camilo e Luciano Correa), conquistou três medalhas no Jogos Olímpicos de Pequim (Camilo, Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros), mas não foi nenhuma de suas estrelas a responsável pela única medalha de ouro do país no Grand Slam do Rio de Janeiro, que terminou neste domingo no Maracanãzinho.

O feito veio de Daniel Hernandes, veterano de 30 anos, que estava esquecido entre os pesados brasileiros. No Rio, ele venceu dois multicampeões mundiais, o russo Alexander Mikhaylin e o japonês Yasuyuki Muneta, e ainda bateu Hiroki Tachiyama, terceiro colocado do Campeonato Absoluto do Japão, um dos torneios mais difíceis do planeta, na decisão.

"Fechei com chave de ouro um trabalho de tanto tempo. Sei como sofri em 2007 e 2008, por isso tenho que agradecer à minha família e ao (Esporte Clube) Pinheiros", destacou Hernandes. "O nível foi muito difícil. Estou com 30 anos e não sou novo, mas a vontade teve meu nome e foi superior à de qualquer um".

O pesado recebeu elogios de Ney Wilson, coordenador técnico da seleção brasileira de judô. "Era a hora de o Daniel mostrar sua cara. Ele tem quatro participações em Mundiais no currículo", comentou o dirigente.

Antes de Hernandes, Nacif Elias, entre os meio-médios (81kg), Leandro Guilheiro, entre os leves (73kg), Luciano Correa, entre os meio-pesados (100kg), e Hugo Pessanha, entre os médios (90kg), tinham conquistado medalhas de prata na etapa brasileira do circuito mais importante do judô mundial. Os brasileiros ainda levaram cinco medalhas de bronze, com Sarah Menezes (48kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Tiago Camilo (90kg) e Eduardo Santos (90kg).

Grande destaque do último dia da competição, Hernandes venceu o tricampeão mundial russo Mikhaylin, atual líder do ranking mundial. O brasileiro venceu por ippon em sua estréia no Rio. "Eu sabia que era a luta mais difícil e me concentrei para não deixar que nada atrapalhasse", afirmou o campeão.

O segundo rival a cair foi o bicampeão mundial Yasuyuki Muneta, dono do título absoluto no Mundial do Rio, em 2007. Na semifinal, o brasileiro chegou a ter um yuko de vantagem, mas a 26 segundos do fim permitiu que o japonês empatasse. No Golden Score, porém, Hernandes conseguiu o ippon no brasileiro.

Na final, contra Tachiyama, um judoca mais alto do que Hernandes, o brasileiro teve dificuldades para encontrar a pegada e não conseguiu encaixar golpes. Para sua sorte, o japonês também não conseguiu aplicar seu plano de luta e o brasileiro foi o vencedor nas punições dos juízes.

O novato Nacif Elias, de 20 anos, também surpreendeu. Na mesma categoria do medalhista olímpico Flávio Canto, ele passou por um francês e por um japonês, representantes de duas das principais escolas do judô mundial, para chegar à final. Em sua segunda luta, ele eliminou Axel Clerget, por ippon. Na semifinal, bateu Masahiko Tomouchi, conseguindo um yuko no final da luta.

"Essa não era a medalha que eu queria, pois tenho a intenção de representar bem o Brasil e sinto que decepcionei a torcida", lamentou Elias. "Mas a prata serve para mostrar que tenho condições de ser campeão no Mundial e estar em uma Olimpíada. Enquanto isso, vou corrigindo minhas falhas", acrescentou.

Flávio Canto, a grande aposta brasileira para a tarde de domingo (já que os campeões mundiais Tiago Camilo e Luciano Correa lutaram pela manhã), foi eliminado em sua segunda luta, também perdendo para o russo Nifontov.

Fonte: UOL Esporte

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